Sempre fui uma criança saudável e sem problemas
com peso. Mas na adolescência comecei a ter uma variação muito grande de
peso, ficava ansiosa por qualquer motivo e descontava tudo na comida,
nos lanches e nos doces. Com isso engordei bastante e cheguei a pesar 75
kg com 1,68 de altura, não fiquei obesa, mas para quem pesava 65 kg já
era uma grande diferença. Não consegui voltar aos 65 kg novamente, pois o
que começou com uma ansiedade se transformou num hábito e consequentemente num vício, já que não me fazia bem, todavia, não
consegui parar de engordar. Fiz dietas, Tomei chás diversos, remédio que
diziam ser milagrosos, porém, o peso que perdia ganhava em dobro quando
parava de tomá-los. Dessa forma cheguei aos 122 kg com apenas 23 anos.
Foi quando decidi que tinha que fazer alguma coisa por mim, não
agüentava mais aquela situação, as piadinhas preconceituosas sobre minha
aparência, ou sobre meu peso, pois me sentia deformada, era como se
aquela pessoa não fosse eu, estava muito infeliz comigo mesma! E comecei
a pesquisar sobre cirurgias bariátricas, a buscar informações com quem
já tinha feito, e vi que para naquela situação só me restava a cirurgia
mesmo, pois apesar de eu nunca ter tido diabetes, hipertensão, ou outras
doenças comuns em obesos, eu não precisava esperar tê-las, para
resolver fazer a cirurgia. Diante disso marquei minha consulta com o Dr.
Frota, que me explicou atenciosamente o passo a passo da cirurgia, os
riscos, as vantagens, os tipos de cirurgia e já saí da consulta com meus
exames pré-operatórios nas mãos. Como deu tudo certo nos exames,
marcamos logo a cirurgia, que no meu caso foi a Capela/Fobi, por
vídeolaparoscopia.
Na cirurgia ocorreu tudo bem, voltei para o quarto com alguns
incômodos na região do abdome por causa dos do gás que me injetaram
(procedimento comum nos casos de vídeolaparoscopia). Voltei para casa no
3º dia de internação, e já comecei minha dieta líquida. Essa parte foi
uma das mais chatas, pois você estava acostumada a comer muito e a viver
mastigando, e de repente é obrigado a tomar pequenas porções de caldos e
a não mastigar. Realmente foi chato! Mas passou logo, e conforme foi
mudando a dieta, para mais encorpada e depois para pastosa, fiquei
melhor, menos tonta, menos fraca, o que é comum no começo.
No 1º mês fui liberada pelo Dr. Frota para comer alimentos sólidos e
para fazer academia. Quanto aos alimentos, tive uma dificuldade no
começo, por causa do medo de passar mal (entalar, vomitar...) que era
tão grande (o medo) que pedia para as pessoas nem conversarem comigo na
hora das refeições, claro que hoje já não é assim. E conforme os meses
se passavam eu emagrecia cada vez mais e me sentia cada vez melhor, mais
disposta, mais confiante, mesmo com a queda de cabelo que começou no 3º
mês, ainda assim, não me desanimei, e logo acabou por volta do 7º mês.
Acho meu cabelo até melhor hoje! RSRSRS...
Sem mencionar que poder escolher uma roupa que você gostou (porque
quando somos obesos a gente acaba comprando o que dá na gente, e nem
sempre este é o que gostamos) e a roupa ainda lhe cair bem, é impagável,
é maravilhoso! Hoje tenho com 1 ano e 1 mês de gastroplastia, estou com
24 anos, e acreditem, com 62 kg a menos!! A impressão que tenho é que
eu renasci! Mudei meus hábitos alimentares, passei a gostar de alimentos
que não gostava antes, e a enjoar com facilidade de alimentos que eu
adorava. Não sei como isso acontece, mas comigo aconteceu! Claro que de
vez em quando eu como umas besteirinhas, pois não sou de ferro, porém, com
muito mais consciência que antes!!!
A cirurgia mudou minha vida! Hoje realmente só tenho a agradecer, a
Deus, a minha família, ao Dr. Frota pelas orientações e juntamente com
ele, a toda sua equipe pelo trabalho que tiveram! Pois com a ajuda de
todos esses eu consegui vencer a obesidade!
Deborah, antes da cirurgia | Deborah, depois da cirurgia |
Nenhum comentário:
Postar um comentário